sexta-feira, 2 de julho de 2010

Encontro Fortalecendo a Cidadania e Construindo uma Cultura de Paz.

CAMPANHA PELA CULTURA DE PAZ



A Central Unica das Favelas (CUFA-MS), representada pelo coordenador de organização das bases, Almir Fernando (Mudra) e das aliadas Telma e Cristiane, coordenadoras do Nucleo Maria Maria - estiveram presente no Encontro: Fortalecendo a Cidadania e Construindo uma Cultura de Paz, na perspectiva de conhecer, articular e fortelecer os elos da organização com as diversas instituições governamentais e da sociedade civil e cidadãos.
Com o objetivo de aprendizado, e conhecimento no sentido de aperfeiçoamente e qualificação para o realização do II Circulo de Aprendizado e Cultura da Paz, uma proposta em ação desenvolvida como forma de mobilização, conscientização, integração das bases pró-ativas que desejam reconhecimentos de seus os projetos, ações e se empoderem dos projetos e ações realizados pela organização a nivel municipal, estadual e nacional .
Promovido pelas gerências da Subsecretaria de Ações da Cidadania, ligada à Secretaria Municipal de Promoção da Cidadania da Prefeitura de Corumbá, o evento contou com a palestra da advogada e poetisa Dela.dsnieve Daspet, embaixadora universal da Paz em MS do Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix, de Genebra, na Suíça. De acordo com a subsecretária Cristiane Sant’Anna de Oliveira, o objetivo do encontro – que ocorre na data considerada por movimentos e instituições sociais como o Dia da Cidadania – é ajudar a construir nas novas gerações a cultura de busca pela passividade e pela solução de problemas e conflitos por meio do diálogo..

Observando os altos índices de violência, crueldades e degradação que não param de crescer em nosso País , se faz necessário conhecer as causas destes fenômenos em suas nascentes; mais ainda, é preciso compreender e explicar como o ser humano pode ir tão longe, a ponto de colocar em risco sua sobrevivência e a da comunidade em que vive. Precisamos desenrolar os emaranhados das fontes geradoras da violência, a fim de sabermos como despertar as fontes geradoras de paz.

Constatamos que ao longo da história um verdadeiro império de violências se organizou, nos seus diversos segmentos: drogas, prostituição infantil, o crime organizado, etc. Entretanto, apesar dos homens e mulheres de bem, incluindo aí os pacifistas, terem empreendido intrépidos esforços na construção da Paz e do inestimável legado de contribuições a favor da pacificação, ainda não se tornou possível à implantação da organização da Paz no mundo.

O século XX foi o mais sangrento de toda a nossa história. Foi o período em que mais se exterminou ser humano e, a maioria das vítimas foram civis inocentes. As principais nações do mundo contraditoriamente em nome da PAZ, se armaram potentosamente, com a construção de ogivas nucleares, armas químicas e biológicas, projetando a indústria bélica como o maior empreendimento econômico do mundo.

Alcançamos elevados níveis de progresso tecnológico, conquistamos o espaço e povoamos a terra com seis bilhões de habitantes, contudo, dois bilhões e seiscentos milhões de pessoas são despossuídas, vivendo abaixo da linha de pobreza; quinze milhões de pessoas morrem de fome anualmente no mundo e quinhentos milhões são subnutridas. Estes quadros representam o paradoxo da ausência de paz social.

Conduzidas pela indiferença e pela omissão, a maioria das pessoas não se dão conta de que também são responsáveis pela permanência e expansão de todas as formas de violência. É na omissão dos bons que os maus prosperam.

Como motivar que pessoas comuns, envoltas em sua rotina para sobreviver possam vencer o medo de “se meter com a violência”, de vencer a acomodação e, mesmo frente a toda uma cultura de violência que avança pelo mundo, pela escola, pela política, pelas famílias, entendam que a Paz é uma construção conjunta e que NÃO existe Paz individual, isolada, gradeada.

Nesse objetivo, lideranças que acreditam que a implantação da Paz será uma construção da sociedade civil organizada, se juntaram e, mesmo entendendo que uma das competências das instituições governamentais é a tarefa de evitar os conflitos e combater a violência.

O Movimento Salvador Pela Paz, constituído por gente comum – estudantes da rede pública e privada, lideranças comunitárias, jovens, adultos e idosos, gente simples que nem sempre sabe fazer reflexões profundas e acadêmicas sobre a segurança, mas que vivem e sentem que têm que se organizar, mobilizar, falar, pensar juntos, sonhar com uma sociedade mais justa e pacífica.

somente quando os educadores, artistas, lideranças comunitárias, líderes religiosos, instituições de classe, empresas e todos aqueles que promovem a cultura de uma forma geral e os que compõem a sociedade civil se unirem, poderemos sonhar que estaremos na direção da construção da Paz.

Texto escrito por Jupiraci BorgesCoordenador do Movimento Salvador Pela Paz

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